CAROS AMIGOS
Depois dum prolongado
interregno, sem vontade, nem inspiração de escrever e com tanto motivo
para o fazer. Interrogo-me porquê?
Se todos os dias temos mais que
motivos, para comentar, repudiar, ou simplesmente “engolir”, vindos de
toda a parte do mundo, mundo este que se está de tal modo a degradar-se,
social, politica e financeiramente, que não tarda, só haverá lugar para
os todos/poderosos viverem como querem e lhes apetece, subjugando
os restantes à miséria e mesmo a morrer de fome, o que já acontece em
muitas partes do mundo, sem que ninguém se atreva a condenar os
culpados, que para mim, são os senhores que adoram o capitalismo como um
Deus, sem o mínimo de compaixão por aqueles que sofrem os efeitos deste
capitalismo desenfreado.
Esta introdução, com uma volta global, serviu-me apenas como desabafo, pois, o que eu quero escrever hoje e o que as pessoas me estão a pedir, é que eu escreva sobre histórias de Vila Nova.
Eu já escrevi, muitas histórias sobre a nossa terra, que
estão no meu blog,
E hoje, o que vou
escrever, é sobre aquilo que foi o orgulho de todos os Vila-novenses, o
Clube União Vilanovense, sobre o qual também já escrevi alguns textos.
Hoje porém é com muita mágoa, o que vou dizer sobre a maneira como
estamos a tratar o nosso clube, esquecendo os nossos antepassados, que à
custa de muito sacrifício, ergueram aquele edifício. É triste ver agora a
fachada a cair, as portas fechadas sem Direção, e um futuro, que se
antevê de fecho total.
Estamos a ver que não herdamos nada, dos nossos
pais, avôs e bisavôs. Então não haverá para aí meia dúzia de pessoas,
com coragem e espírito bairrista para dar continuidade a uma associação,
das mais antigas do concelho?
Deixo a interrogação
Deixo a interrogação
Vila Nova, Julho de 2015
Albertino Coelho