Seja benvindo e que esta experiência de proximidade nos seja proveitosa, permitindo-nos dela colher bons frutos.
Aproveitamos a vinda
de sua reverência, para lhe darmos a conhecer o povo que somos e o que temos.
Esta pequena comunidade do lugar de Vila Nova, da extinta
freguesia de Outil, hoje fundida com a freguesia de Portunhos é constituída por
um povo crente em Deus, pois todos fomos baptizados, todos frequentámos a
catequese e todos comungámos. Este povo sempre foi fiel à religião católica, não
conhecemos na freguesia, ninguém que professe outra religião.
Para conhecer o que
temos:
Recuamos algumas
décadas antes de 1960, que graças à influência duma indústria, na exploração e
transformação de calcário, foi próspera em tempos idos e que foi o sustento,
não só das famílias da nossa terra, mas também de todas as aldeias vizinhas.
Já em 1917, tínhamos uma escola do ensino primário, cujo
edifício se encontra neste momento em restauro, com o fim de preservar uma obra
que ajuda à nossa identificação e servirá, pensamos nós, para alguma
instituição de solidariedade social.
Temos também, desde de 1927 uma associação de beneficência,
instrução e recreio, com edifício próprio, construído nessa data, chamada Clube
União Vilanovense.
A escola e o clube complementavam-se. A escola ensinava a ler
e escrever. E como o ensino não era obrigatório, só continuavam os que os seus progenitores não necessitavam deles para a ajuda do sustento da família.
Naquele tempo o mundo do trabalho começava muito cedo, às vezes antes dos sete
anos.
Depois lá estava o clube para ajudar à continuidade da sua
formação, em especial na representação teatral, que sempre foi e até hoje, a
tradição desta colectividade, como veículo de cultura.
Estas duas instituições, de tempos mais remotos, provam a
união deste povo, que conseguiu também em 1936 a distribuição pública de rede
eléctrica, sendo a primeira aldeia do concelho, a obter este bem. E em tempos
mais recentes foi capaz de construir, sem nenhum subsídio, que não as dádivas
do povo, uma nova capela, que muito nos orgulha!
Isto foi do passado. Actualmente a realidade é outra; vivemos
com preocupações e angústias, mas também com anseios, que com fé e esperança
vamos alcançar.
Esperamos que, a visita de vossa reverência, sirva também,
para despertar nas nossas mentes, que nem só do “PÃO VIVE O HOMEM”.
Bem- haja Sr. Bispo.
Vila Nova, 8 de Novembro de 2013.
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