Com este nome, foi publicada no facebook uma foto, que me fez voltar aos
meus tempos de menino, quando os comboios ainda eram movidos a vapor.
Quando o comboio apitava no ramal Pampilhosa-Figueira da Foz, era como
se fosse um relógio, que naquele tempo pouca gente possuía.
Sabíamos que
o primeiro a passar, por volta das seis e meia, era de levantar e qual
café, era pegar na enxada e ir para as
terras sachar o milho, ou cavar a vinha, ou outros trabalhos agrícolas. O
segundo passava por volta das nove. Era a hora do almoço... a
primeira refeição do dia. A seguir vinha o das onze, que nós aqui na aldeia (Vila Nova de Outil), chamávamos o comboio da sardinha. Era à estação de
Lemede que a ti Angelina Neta ia buscar a canastra de sardinha,
despachada da Figueira da Foz, que carregava à cabeça e de volta vendia
porta à porta com o pregão, “sardinha fresca”! Isto era ritual diário.
Passava outro às cinco da tarde, que era o da merenda. O sinal para o
jantar, que era ao meio dia, naquele tempo, era dado pelo relógio da
torre da igreja, assim como o da despega, pelo toque das trindades.
E como tudo acaba, acabaram também com esta linha, que servia de algum desenvolvimento à área envolvente, e o que resta dela são as tulipas, a brita e as silvas como ornamentação. Os carris, roubados ou vendidos, já foram, porque é coisa que ainda dá algum dinheiro, que é o que conta para os nossos “governantes”.
E agora uma pergunta:
E como tudo acaba, acabaram também com esta linha, que servia de algum desenvolvimento à área envolvente, e o que resta dela são as tulipas, a brita e as silvas como ornamentação. Os carris, roubados ou vendidos, já foram, porque é coisa que ainda dá algum dinheiro, que é o que conta para os nossos “governantes”.
E agora uma pergunta:
- O que vão fazer
os nossos governantes com aquele espaço?
Eu deixo a minha sugestão:
O
espaço tem largura suficiente para uma pista ciclável e pedestre!