quarta-feira, 22 de junho de 2011

DIZIDELAS do TI ARTUR (parte_4)

Ia à padaria e pedia dois bicos, um bico aqui na zona é um pão pequeno alongado terminando as extremidades em forma de bico, quem o atendia, dava-lhe dois pães desses, e ele dizia:
- Eu só pedi dois bicos, e então?
Dizia-lhe o empregado:
- ENTÃO SE SABE CONTAR, VEJA QUANTOS BICOS ME ESTÁ A DAR
Dizia o ti Artur e tinha razão!...
Dizia que um homem, para ser homem
- TEM QUE DEIXAR NOME NEM QUE SEJA DE LADRÃO!
Poucos dias antes de morrer, já dizia 
- É O FIM!
Quando no último dia à noite lhe foram prestar assistência, ele disse:
- Vão se embora que é “ela”. E foi, era a morte. No dia seguinte de manhã, deixou-nos.
Que Deus o tenha em descanso!
Antes de terminar este registo de memória futura.
Quero esclarecer os mais novos que não o conheceram, e que usam as expressões dele, como a do CHAPÉU QUE ANDA À RODA.
Nós costumamos dizer que Anda á volta como o chapéu do ti Artur, quando uma coisa qualquer anda à volta e não se segura, ele queria dizer, que na cabeça dele não havia nada a impedir que o chapéu rodasse.
Como era solteiro. não havia infidelidade da mulher, facto que fazia nascer cornos na cabeça dos homens. 
A outra do, está gordo, quando a uma pergunta que não nos interessa responder, como por exemplo como conseguiste isso? Nós respondemos, utilizando a dizidela do ti Artur Está gordo… 

E o nosso interlocutor fica a saber o mesmo!
Albertino Pereira coelho, seu sobrinho mais novo.

1 comentário:

Ilidio disse...

Acabei mesmo agora de ver este seu blogue, através do blogue do João Baía, de que sou seguidor e onde costumo comentar.
Vou seguir os "Contos da Pedra", que foi uma novidade.
Parabéns pela iniciativa e pela ideia de perpetuar para memória futura alguns contos de que eu bem me lembro.
Um abraço.
Compadre Ilídio